segunda-feira, 1 de junho de 2015

Estrela de Terremoto - A Falha de San Andreas, Dwayne Johnson conquista Hollywood com carisma e simpatia


De astro da luta livre à sucesso de bilheteria, Dwayne Johnson vem trilhando um caminho fantástico em Hollywood. Esbanjando carisma dentro e fora dos sets de filmagem, o ator de 43 anos alcançou mais uma grande marca com o seu novo trabalho, o divertido filme catástrofe Terremoto - A Falha de San Andreas (confira a nossa opinião). No seu primeiro final de semana em cartaz, o longa faturou impressionantes US$ 54 milhões nas bilheterias norte-americanas, somando US$ 113 milhões em todo mundo. Os números são do site Box Office Mojo. Superando a previsão dos próprios executivos da Warner, que esperavam arrecadar cerca de US$ 40 milhões nos três primeiros dias, o longa se tornou assim a quarta melhor abertura da carreira do ator, só perdendo para os US$ 147 milhões do fenômeno Velozes e Furiosos 7, os US$ 97 milhões de Velozes e Furiosos 6 (2013) e os US$ 86 milhões de Velozes e Furiosos: Operação Rio (2011). Empurrado por esses e por outros trabalhos, o midiático "The Rock" consolidou o seu espaço junto as mais rentáveis estrelas de Hollywood, trazendo humor, simpatia e músculos ao escapista cinema de ação.


Considerado pela Forbes o segundo maior salário da indústria do cinema em 2014, com expressivos US$ 52 milhões, Dwayne Johnson entrou em Hollywood pela porta da frente. Um dos principais nomes do WWE (World Wrestling Entertainment), o então falastrão lutador entrou para o Guinness Book ao receber o maior salário pago a um estreante, cerca de US$ 5,5 milhões, na aventura O Retorno da Múmia (2001). Dando vida a um dos pontos altos da continuação, o interessante coadjuvante Escorpião Rei, "The Rock" foi um dos maiores trunfos do longa, que faturou espetaculares US$ 433 milhões em todo mundo. O sucesso foi tanto que apesar da pouca experiência, o ator foi escalado para estrelar o derivado O Escorpião Rei (2002). Por mais que não tenha repetido o sucesso de público do seu antecessor, o longa orçado em US$ 60 milhões foi muito bem recebido nas bilheterias, faturando US$ 195 milhões ao redor mundo, sendo US$ 91 milhões somente nos EUA. Com prestígio junto ao público norte-americano, Dwayne Johnson logo emplacou uma sequência de lançamentos menores. Trazendo uma dose de humor aos filmes de ação, o ator estrelou os extremamente divertidos Bem Vindo a Selva (2003) e Com as Próprias Mãos (2004). Dividindo cena com os comediantes Sean William Scott (American Pie) e Johnny Knoxville (Jackass), "The Rock" não conseguiu fazer dos dois longas grandes sucessos de público, mas ainda assim mostrou ter as ferramentas necessárias para brilhar no gênero. 


Disposto a experimentar novos gêneros, o extrovertido ator se distanciou dos filmes de ação no regular Be-Cool (2005), nos problemáticos Doom (2005) e Southland Tales (2006) e no edificante drama A Gangue está em Campo (2006). Foi com um outro filme relacionado ao futebol americano, porém, que Johnson voltou a se destacar nas bilheterias. Ex-jogador profissional da modalidade, o ator reencontrou o caminho para as grandes cifras no cativante Treinando o Papai (2007). Iniciando uma curiosa incursão dentro das comédias familiares, "The Rock" arrastou os fãs do gênero aos cinemas ao dar vida a um 'quaterback' solteirão (foto acima) que descobre ser pai de uma garotinha. Apesar das críticas negativas, o longa teve 29% de aprovação no site Rotten Tomatoes, a película foi um grande sucesso de público, faturando surpreendentes US$ 147 milhões em todo mundo. Um valor, diga-se de passagem, bem acima dos US$ 22 milhões de orçamento. Empurrado por este sucesso, que marcou o fim da assinatura "The Rock", Dwayne Johnson se tornou a bola da vez dentro deste inofensivo gênero. Após antagonizar o bem sucedido Agente 86 (2008), remake da clássica série de TV da década de 1960, o ator conseguiu novamente ser rentável com a aventura Disney A Montanha Enfeitiçada (2009) e com o exótico O Fada do Dente (2010). Neste último, aliás, apesar da péssima recepção por parte da imprensa norte-americana, o longa cumpriu a sua missão nas bilheterias. Somando US$ 112 milhões ao redor do mundo, a comédia deixou claro que o carisma do ator era capaz de superar, até mesmo, a crítica especializada. 

Volta ao cinema de ação e turbinada na franquia Velozes e Furiosos



Neste mesmo ano de 2010, no entanto, Dwayne Johnson decidiu retornar as suas atenções para o cinema de ação com o sóbrio Rápida Vingança. Num daqueles bons filmes lançados diretamente em DVD, "The Rock" mostrou que estava pronto para brilhar novamente no gênero, conseguindo a sua chance no divisor de águas Velozes e Furiosos 5 (2011). Numa daquelas parcerias funcionais para ambos os lados, a entrada do ator na franquia estrelada por Vin Diesel e pelo saudoso Paul Walker, combinada com a mudança de "cara" da mesma após a chegada do diretor Justin Lin, tornou o longa um estrondoso sucesso de público. Dando vida ao grandalhão Hobbs, um agente do FBI que rouba a cena nesta quinta continuação, Johnson trouxe a franquia o carisma que ela precisava, criando uma interessante dinâmica com o personagem vivido por Diesel. Pra se ter a noção exata do efeito "The Rock", enquanto o quarto longa da franquia, já com esta cara voltada para o cinema de ação, faturou ótimos US$ 363 milhões ao redor do mundo, Velozes e Furiosos 5 conseguiu espetaculares US$ 626 milhões. Na verdade, os números falam por si só, tanto que Johnson voltaria a prestar os seus serviços para a franquia nos avassaladores Velozes e Furiosos 6 (2013), continuação que conseguiu estupendos US$ 788 milhões, e no espetacular Velozes e Furiosos 7, que, até o momento, arrecadou espantosos US$ 1,5 bi nas bilheterias.


Após turbinar uma saga já consolidada e se destacar no competente O Acordo (2013), "The Rock" voltou a faturar no divertido G.I Joe: Retaliação (2013). Dividindo a tela com o ídolo Bruce Willis, o ator entregou uma competente performance, se tornando um dos responsáveis pelos US$ 375 milhões conseguidos nas bilheterias. Sem tempo a perder, ele resolveu se arriscar também na caricata comédia Sem Dor, Sem Ganho (2013). Reconhecido por saber rir de si mesmo, Johnson se reuniu com o astro Mark Wahlberg e o diretor Michael Bay num filme sobre um grupo de fortões tapados numa atrapalhada tentativa de cometer um sequestro. Apesar do humor non-sense e da alta censura, o longa conseguiu arrecadar surpreendentes US$ 86 milhões, comprovando o status estrelar do ex-lutador. Tanto que ao final de 2013, "The Rock" chegou ao topo de Hollywood ao ser eleito o ator mais lucrativo do ano, com US$ 1,3 bi nas bilheterias, superando nomes como os de Robert Downey Jr. Vin Diesel e Sandra Bullock. No auge da sua carreira, porém, Dwayne Johnson teve que lutar para interpretar um dos seus personagens prediletos, o mitológico Hércules (2014). À procura de um trabalho pra chamar de seu, ele teve que convencer o diretor Brett Ratner a escala-lo no papel título, como revelou o próprio realizador em entrevista ao site UOL. "Dwayne olhou nos meus olhos e disse: 'Brett, eu nasci para ser Hércules. Você vai ter que confiar em mim'", afirmou Ratner ao site. Com o apoio do realizador, que o escalou logo que sentiu de perto o seu carisma, Johnson admitiu ter ganho a oportunidade de dar vida a um sonho antigo. "O personagem sempre teve um significado especial para mim por ser o primeiro super-herói que existiu. Ele serviu de inspiração para o Super-Homem", revelou o ator ao UOL.


Se entregando de corpo e alma ao longa, Johnson superou as incertezas que cercaram o projeto e entregou uma performance irrepreensível. Numa das aventuras mais legais e subestimadas de 2014, leia a nossa opinião aqui, Hércules faturou preciosos US$ 243 milhões ao redor do mundo e, mesmo sem ser o "filme da vida" do ator, consolidou o seu status de estrela de ação em um filme solo. "Hércules é uma transição. Eu tive a chance de trabalhar em filmes grandes, mas sempre fui parte de uma franquia. É diferente quando o seu nome vem acima do título no pôster do filme. Isso quer dizer mais chances", revelou ao UOL na época do lançamento do longa. Uma oportunidade que, aliás, se repetiu em Terremoto: A Falha de San Andreas, longa que se tornou a melhor estreia de Dwayne Johnson fora da saga Velozes e Furiosos, ultrapassando, no primeiro fim de semana em cartaz, os US$ 110 milhões do orçamento. Em suma, reconhecido como um dos astros mais simpáticos de Hollwyood, o popular "The Rock" encontrou no carisma, na versatilidade e no bom humor uma forma original para superar as barreiras impostas pela indústria do cinema, trilhando um caminho seguro e altamente rentável na transição dos ringues para o merecido estrelato dentro da sétima arte. E aproveitando o tema, confira a nossa matéria especial sobre os lutadores profissionais que se destacaram no cinema. 

3 comentários:

Brenda Motta disse...

Ele é simplesmente demais, adoro os filmes dele
Tem uma resenha dele no blog, deste filme TERREMOTO confere, vê se gosta.

sucesso *-*

http://spoilermania.blogspot.com/

thicarvalho disse...

Muito divertida a sua analise Brenda. Parabéns pelo seu blog e obrigado pela visita.

Unknown disse...

É muito bom. Grandes efeitos especiais, a ação visual em frente e atrás também. The Rock salva ação tudo, o homem-fashion. Músculos, carisma, estilo. Terremoto: A Falha de San Andreas é um mais desses filmes não trazem mais do que apenas entretenimento, mas que é suficiente nos dias de lazer, o que a rotação argumentos pesados. Às vezes você não está no humor para aquelas coisas ea ação é uma opção, não a pouco?